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Crédito, por José Maria de Azevedo


Entre o Natal e o Ano Novo há uma data muito importante para o setor financeiro. Dia 28 de dezembro é comemorado o Dia Nacional do Cooperativismo de Crédito. As cooperativas de crédito são instituições relevantes para a economia do país, pois democratizam e facilitam o acesso ao crédito, além de promoverem a inclusão financeira e fomentar o desenvolvimento das comunidades onde estão inseridas.

A data comemorativa foi instituída em 2012 e a escolha deste dia é uma homenagem à primeira cooperativa de crédito brasileira, fundada pelo Padre Theodor Amstad, em Nova Petrópolis (RS), no dia 28 de dezembro de 1902. O cooperativismo de crédito surgiu em nosso país no século XIX, 45 anos após a fundação da Cooperativa dos Probos Pioneiros de Rochdale, na Inglaterra.

Segundo o Banco Central, no livro Cooperativas de Crédito – História da Evolução Normativa no Brasil, provavelmente o primeiro empreendimento chamado de “cooperativa” no país, foi a Sociedade Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto, criada em 28 de outubro de 1889. A data que homenageia o cooperativismo de crédito no Brasil visa a reforçar o compromisso, os princípios e valores cooperativistas.

Não há dúvidas de que, a cada ano, as cooperativas estão mais fortalecidas, ocupam mais espaço no mercado financeiro e se firmam como uma alternativa de modelo econômico mais rentável e vantajoso para os cooperados. Atualmente, as cooperativas de crédito estão presentes em mais de 560 municípios brasileiros, além disso, esse ramo do cooperativismo tem crescido uma média de 20% ao ano.

O cooperativismo de crédito proporciona uma prestação de serviços financeiros de qualidade aos seus cooperados. Sem visar o lucro, a cooperativa de crédito faz a diferença na vida das pessoas, pois busca ouvir os cooperados estando atenta as necessidades de cada um, oferecendo sempre as soluções mais pertinentes ao seu perfil.

De acordo com dados do Banco Central do Brasil (BC), em dezembro de 2017 o país possuía 9,6 milhões de cooperados, deixando evidente que o crescimento do setor está ligado ao aumento da participação no mercado de operações de crédito voltadas para pessoa jurídica.

A carteira das cooperativas passou de menos de 1%, em 2005, para mais de 8%, em 2017.

É inegável que ainda existe muito caminho a ser percorrido, muito espaço a ser conquistado, mas é gratificante saber que estamos no caminho certo, que a intercooperação e a prosperidade fazem parte do nosso cotidiano e nos propiciam a preservação da essência cooperativa, mesmo em um mundo em que as transformações acontecem tão rapidamente.

José Maria de Azevedo é Presidente do Conselho de Administração da Unicred do Brasil